Para investidores institucionais, a decisão é cada vez mais influenciada pelo desempenho não financeiro. Por exemplo, vem aumentando o número de acionistas que fazem pressão pela inclusão de mais mulheres.
“As companhias estão mais focadas em administrar riscos operacionais, incluindo a atração e retenção de funcionários”, disse Angela Sun, responsável por estratégia e desenvolvimento corporativo na Bloomberg.
Pedido de transparência
Hoje se presta mais atenção em métricas referentes à igualdade de gênero, uma vez que investidores e empresas usam informações sobre ESG para avaliar reputação, risco e performance. Pela primeira vez, empresas do Reino Unido foram obrigadas a informar as diferenças de remuneração em suas linhas de negócios. A Malásia instituiu uma cota em 2011, sob a qual as mulheres precisam ocupar pelo menos 30% das funções decisórias em empresas de capital aberto.
O estudo do BNY Mellon de 2017 mostrou que a remuneração continua desigual. Na média, as mulheres sondadas recebem anualmente em salário e bônus US$ 189.928 e os homens recebem US$ 275.355 — ou seja, as mulheres ganham 69% do que ganham seus colegas do sexo masculino. Mas há outras diferenças nessa métrica. Os dados sugerem que mulheres que atuam em RI nos mercados desenvolvidos ganham melhor do que as que trabalham em mercados emergentes. Nos países desenvolvidos, as mulheres recebem o equivalente a 79% do que ganham os homens, mas as mulheres que atuam em países desenvolvidos recebem, na média, US$ 100.000 a mais do que aquelas que trabalham em nações emergentes.
Oportunidades no panorama atual
A igualdade de gênero é um assunto complexo, mas os dados mostram onde as áreas de RI deveriam se esforçar mais. Por exemplo, a concentração de profissionais por gênero aparentemente depende do tamanho da companhia. Segundo o relatório do BNY Mellon, nas empresas com valor de mercado grande ou gigantesco, há 50% e 38% mais homens do que mulheres trabalhando em RI, respectivamente. Porém, há mais mulheres em empresas de valor de mercado médio (38% vs. 33%), pequeno ou micro (27% vs. 17%).
As companhias podem usar esses dados para começar a avaliar sua cultura de RI no que se refere aos gêneros — por exemplo, investigando se a cultura corporativa dá abertura às mulheres, especialmente em funções executivas. Também é possível avaliar as políticas de recrutamento e retenção de mulheres e a melhor forma de implementá-las em empresas maiores.
Avaliações por terceiros podem ajudar empresas e investidores com uma visão mais rigorosa do processo de seleção. A Bloomberg oferece com exclusividade a ferramenta Gender Equality Index (GEI), que proporciona monitoramento e visibilidade, com informação padronizada e comparativa. Profissionais de RI podem usar essa informação para atingir seu investidor ideal, relatando seus avanços. Já os investidores podem usar os dados para obter transparência.
“Enquanto os investidores procuram novos vetores de alfa e estão cientes dos riscos, a demanda por dados sobre igualdade de gênero e outras métricas sociais e de governança continua aumentando. O GEI da Bloomberg dá maior transparência a práticas e políticas fundamentais para gestão desses riscos e para atrair o capital de investidores”, disse Sun.
O trabalho de RI em igualdade de gênero proporciona dois grandes benefícios: define melhor o valor da empresa para os acionistas e preenche os quadros da empresa com profissionais de conhecimento mais amplo.
Análises de ESG cobrem fatores de risco separados em categorias — ambiental, social e de governança — e proporcionam entendimento valioso sobre o desempenho não financeiro das carteiras, ao mostrar o que se passa nas empresas constituintes. Obtenha no aplicativo ESGHubTM as métricas ESG da Bloomberg com dados CSRHub que classificam 26.000 companhias {APPS ESGH}.